Questão sobre Clínica Médica, Cardiologia, Pneumologia
Enunciado
Homem, 57 anos, está internado na UTI há 19 dias por choque séptico de foco cutâneo. Apresentou instabilidade hemodinâmica e IRpA logo no início do quadro, motivo pelo qual foi intubado e colocado em ventilação mecânica e em suporte hemodinâmico. Entretanto, no 5º dia de internação apresentou parada cardio-circulatória em AESP. Foi reanimado por 10 minutos. A causa provável da PCR foi hipóxia devido a uma rolha no tubo orotraqueal. Foi submetido a cuidados pós-parada adequados por 48 horas, sendo a sedação suspensa logo após. A TC de crânio e o EEG realizados após 11 dias da PCR são compatíveis com encefalopatia anóxico-isquêmica. O paciente se mantém em estado minimamente consciente. Ao explicar sobre o prognóstico do quadro para a família, a mesma relata que o paciente já expressou previamente o desejo de não se submeter às limitações impostas pelo seu quadro atual, e questiona sobre a possibilidade de interrupção da ventilação mecânica e do suporte artificial à vida, composto por dieta enteral, antibióticos, e profilaxias de TVP e úlceras de stress. O paciente está em modo espontâneo, com FR=22 mrm; satO2=95%; pressão de suporte = 24 cmH2O; PEEP=8 cmH2O, FiO2= 50%, VC em torno de 565 ml, com ausculta pulmonar com poucos roncos. Neste contexto, a retirada da prótese ventilatória e da ventilação mecânica:
Alternativas:
- Podem ser realizadas, desde que a decisão sobre tais procedimentos seja amplamente discutida e descrita no prontuário
- Podem ser realizadas, desde que a decisão sobre tais procedimentos seja amplamente discutida e descrita no prontuário e a família assine um termo de compromisso afirmando que concorda com o procedimento
- Não podem ser realizadas, pois a interrupção da ventilação neste contexto se configura eutanásia
- Não podem ser realizadas, pois não houve autorização escrita do paciente, o que fere o princípio da autonomia.
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